Logística Para a Travessia Dos Lençóis Maranhenses a Pé

[Logística, Planejamento] – fomos em Julho 2018. Se você apenas quer saber como foi nossa experiência, clique aqui.

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Quando eu comecei a olhar a logística de como chegar aos Lençóis Maranhenses, onde se hospedar, o que fazer por lá e ví a possibilidade de fazer uma travessia a pé de 3 ou 4 dias, pensei: que povo doido! Pelo amor de deus, caminhar no sol agora é atração turística?

Nem lí toda a descrição do passeio, fui ler outras opções. Aos poucos fui ficando mais e mais frustrada. Como é possível que esse parque tenha mais de 10 MIL LAGOAS e só há passeios indo para as mesmas 5? E ainda, por que todas essas 5 lagoas são alí no início do parque, nenhum dos passeios levava mais para dentro do parque. Outra questão que me incomodou foi que eram passeios de 3-4h, incluindo o tempo do trajeto para chegar e voltar. Como assim? Vou chegar, desembarcar com todas as pessoas de todos os passeios (já que todos oferecem a mesmíssima coisa), brincar um pouco na água, tirar umas fotos e vazar??? 200 cabeças de gado ali divindindo o mesmo conjunto de lagoas sendo que tem mais de 10 mil opções disponíveis???

Até que eu descobri o pedaço de informação que solucionava esse quebra-cabeça: é PROIBIDO entrar com veículo motorizado no parque. Com excessão de algumas famílias de nativos que moram em oásis no meio do parque e precisam transportar comida e outros itens (ou seja, proibido para turismo). Nesses passeios que encontrei, do local onde os veículos 4×4 deixam o turista (na faixa de areia na borda do parque é permitido) ele precisa caminhar 1-2km até as lagoas. Mesmo assim não é uma experiência de imersão, o turista fica bem no início do parque.

Já a restrição de tempo é porque o sol é insuportável entre 11:30h e 14:30h. Deste modo, há um passeio matutino e outro vespertino, evitando esses horários mencionados.

Então essas eram nossas opções: ficar na bordinha do parque com a multidão, ou pensar nesse negócio de travessia a pé. Voltei e lí mais sobre a caminhada. Os grupos começam a caminhar de madrugada, cerca de 4h da manhã, assim eles podem terminar seu trajeto do dia antes que o sol fique insuportável. Há dois oásis no coração do parque: Queimada dos Britos e Baixada Grande. Os oásis são áreas que possuem vegetação e servem como ponto de apoio, provendo sombra, água e comida. São nos oásis que os grupos passam a noite, os nativos disponibilizam redes para dormir.

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Baixada Grande, um dos oásis em meio as dunas dos Lençóis Maranhenses

OK, essa travessia estava parecendo menos louca, talvez possível, mas havia um problema: Nós não estamos de férias, não temos 3 ou 4 dias para caminhar + 1 dia de deslocamento entre São Luís e Atins – que eram as únicas opções que eu havia encontrado na internet. Continuei fussando em relatos de pessoas que fizeram a travessia (mochileiros.com), pesquisei no Wikiloc (aplicativo de trilhas) para ver quais os diferentes trajetos que as pessoas fizeram – procurando se havia a possibilidade de fazer algo mais curto – e encontrei uma possibilidade: fazer uma parte do trajeto de buggy pela praia (o equivalente a um dia de caminhada) e então fazer uma travessia de 2 dias, conforme imagem abaixo.

 

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Plano inicial de roteiro para travessia PNLM

Assim, precisaríamos apenas pegar um dia de folga do trabalho, pois no total precisavamos de três dias – um para descolamento e dois para a caminhada.

Aqui está um vídeo que fizemos com o aplicativo Relive mostrando o percurso que trilhamos.

O que eu não imaginava é que seria tão difícil encontrar um guia para fazer esse trajeto. A maioria  deles queria nos colocar com um grupo maior (mesmo que o preço da diária do guia seja padrão para 4 pessoas). Seria quase impossível nos encaixar com mais pessoas já que seria um roteiro fora do tradicional . Outros tentaram enfiar a faca e cobrar um preço absurdo por essa parte do trajeto que seria feito com veículo motorizado, dizendo que só fariam como pacote, não podíamos contratar o transporte separadamente e apenas pagar a eles a diária como guia. Mas depois de muita busca – DOIS DIAS ANTES DA VIAGEM, conseguimos um guia que cobrou o preço regular que encontramos nos relatos da internet (200 reais a diária) e ainda conseguiu pra gente um transporte que seria metade do valor que outros guias estavam tentando nos empurrar. Vou passar o contato dele:

Guia Lessinho (98) 8880-1982 / Facebook / Instagram

Depois de conversar com Lessinho, ele fez duas sugestões ao trajeto que havíamos pensado originalmente – mantendo que seriam dois dias de caminhada. Uma das sugestões foi de que no primeiro dia de caminhada fizessemos uma parada para almoço na Baixada Grande e saíssemos para Queimada dos Britos depois das 14:30h, quando o sol já não estivesse tão quente. A segunda sugestão era que fossemos da Queimada dos Britos para Betânia ao invés de Santo Amaro pois, segundo ele, esse ano as lagoas estavam mais bonitas nessa parte do trajeto. Acatamos ambas as sugestões, então nosso roteiro ficou assim:

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Roteiro de 2 dias de Travessia PNLM que realizamos

E de fato aprovamos muito as duas recomendações dele. Nossa lagoa favorita foi nesse trajeto para Betânia, ela se chama Lagoa do Junco. Tem cerce de 3 km de comprimento e 3m de profundidade. Sua cor é surreal!!!

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Lagoa do Junco, Lençóis Maranhenses

Vou passar algumas informações bem importantes nessa questão de logística.

Há opções de transfer coletivo entre São Luís e Barreirinhas ou São Luís e Santo Amaro. Não vale a pena pegar o ônibus da Cisne Branco, você vai economizar apenas 10 reais e demorar muito mais tempo. E considerando que a van te pega no aeroporto ou no seu hotel e para pegar o ônibus você precisa se deslocar até a rodoviária, pode ser que nem esses 10 reais você consiga economizar.

Ônibus – 50 reais por pessoa

Van – 60 reais por pessoa

Táxi coletivo – 70 reais por pessoa

Reserve direto com as agências de transporte – nós pedimos para o hotel reservar pra gente e eles esqueceram. Ficamos 3h sentados na beira do asfalto esperando transporte. Vou passar alguns telefones abaixo (cada um de acordo com a parte do trajeto).

Foi assim que ficou todo o translado. Nas partes onde fizemos de 4×4 foi por ser impossível fazer com carro regular.

Translado SL PNLM
Translado entre São Luís e Lençóis Maranhenses

Então fomos até Barreirinhas de Van, de lá pegamos um 4×4 até Atins. Se você está pensando em fazer a travessia, você vai com certeza sair da região de Atins. Algumas pessoas se hospedam em Atins, outras em Canto de Atins (você tem que passar por Atins para chegar lá). Nós nos hospedamos em Atins, mas pegamos transporte até a foz do Rio Negro e começamos a caminhada de lá. Para simplificar as coisas, a palavra-chave é Atins. Depois você decide de onde você vai sair, onde você quer dormir, mas você vai precisar passar por Atins. E você chega em Atins via Barreirinhas. É muito importante você entender isso, pois senão você pode ser surpreendido ao ter que pagar 350 reais para o transporte entre Barreirinhas e Atins (esse é o valor dos transportes privados se você não chegar em Barreirinhas dentro do horário em que os transportes coletivos saem).

Há duas maneiras de chegar em Atins: barco ou veículo 4×4. Se você quiser fazer o passeio coletivo de barco (60 reais por pessoas) você precisa estar em Barreirinhas as 8h da manhã, ou seja, dormir lá. Já o último veículo 4×4 coletivo sai entre 9h e 11h da manhã (30 reais por pessoa). Para fretar um veículo 4×4 ou barco privado para ir até Atins custa cerca de 350 reais. Se você estiver em um grande grupo, vale a pena, pois acredito que cabem 10 pessoas no barco e 5 no carro, mas estando sozinho ou em casal, já pensou?

De veículo 4×4: 1h 30min de viagem. Leva você direto até sua hospedagem. Sim, tem que ser um veículo 4×4 super alto e tem que se conhecer o caminho (não há qualquer sinalização). Não recomendo ir com veículo 4×4 particular a não ser que você conheça a região ou tenha um guia junto. Essas Toyotas encontram-se no centro de Barreirinhas, ao lado da Agropecuária Correia, popularmente conhecida como ‘Tontonho’, em frente da pousada da Deusa.

De barco: o passeio coletivo que sai as 8h da manhã leva 4h e faz várias paradas turísticas – ver macacos, farol e almoçar. (NÃO HÁ SAÍDA EM OUTRO HORÁRIO). O barco fretado (particular) sai qualquer horário e te leva direto para o porto de Atins e de lá você precisa combinar com sua hospedagem para ir te buscar.

Você pode perceber que há duas partes do trajeto que fizemos de quadriciclo (foto do quadriciclo no mapa). Os quadriciclos quem conseguiu foi o guia e não tenho o contato dos motoristas. Quando você está sozinho ou em casal vale a pena alugar um quadriciclo ao invés do carro.

Nos oásis você não precisa reservar com antecedência a pernoite, sempre há espaço, há várias árvores onde eles podem colocar uma rede para você dormir caso a parte coberta estaja toda ocupada (mesmo na alta temporada). Vou abrir um parênteses para dizer que você não precisa se preocupar com pernilongos nos oásis, não há. Voltando a questão da reserva, em últimos casos, se a casa de uma família estiver cheia você pode caminhar mais um pouco até a próxima. Mesmo assim, vou passar o contato da casa que almoçamos na Baixada Grande, pois gostei bastante.

Loza & Mano (casa de nativo para refeições e pernoites na Baixada Grande) (98) 98733-3650 / 99105-9942 / 98833-7292 / 98897-0200.

Para transporte entre Santo Amaro e São Luís fizemos com o Denilson. Eles atravessam o pessoal de 4×4 por dentro do Rio Alegre e deixam na porta da Van que fica no asfalto aguardando. Pagamos 50 reais por pessoa (98) 98808-9190.

Informações Sobre a Caminhada

Como a maioria dos guias são nativos, acho que falta um pouco de sensibilidade (e informação mesmo) em colocar-se no lugar do turista e dar umas dicas mais objetivas. Para vocês terem uma noção do que eu estou falando, nosso guia não usou protetor solar e nem óculos de sol – sim, naquelas dunas brancas que te causam um desconforto até mesmo de óculos – não tomou água e nem comeu durante todo o trajeto (4-6h de caminhada). Eu apelidei ele de Homem de Ferro dos Lençóis (rsrs). Acho que você leitor consegue perceber como ele não entende muito bem o que o “povo da cidade” vai precisar durante a travessia, pois tudo aquilo é muito normal e tranquilo para eles. Vou passar aqui algumas dicas do que mais nos ajudou:

  • Canga: mesmo se você for homem, canga é um item que traz enorme benefício durante a travessia, então engula o orgulho e leve uma canga! Ela protege do sol (não há sombra alguma no meio das dunas e você pode sofrer uma intensa insolação. Além de proteger do sol, te protege da areia quando você quiser deitar no chão e descansar um pouco (não importa a direção que você deitar, você vai comer areia se não cobrir todo o rosto);
  • Gatorade: nenhum dos relatos que lí recomendou levar gatorade e nos ajudou muito. Tomamos apenas água no primeiro dia de travessia e tomamos gatorade + água no segundo dia e a diferença foi gritante. No primeiro dia nós dois tivemos dor de cabeça e eu tive algumas alucinações. No segundo dia conseguimos nos manter hidratados e sem sintomas de insolação. 1l de água + 1 gatorade por dia é o suficiente. Você só precisa levar água suficiente para o primeiro dia, pois nos oásis você consegue comprar mais com os nativos. Já gatorade você tem que levar de São Luís, pois não achei para comprar ali nas cidades perto do parque;
  • Tênis: eu pensei que o que mais iria doer eram meus joelhos e minhas panturrilhas. Não. Foi o tornozelo. Para proteger seu tornozelo o melhor é usar tênis, ele ajuda você a firmar seu passo sobre a areia. Fiz um teste, no primeiro dia usei tênis e no segundo meia. A meia aguentou bem, não rasgou nem nada, mas fiquei com muita dor no tornozelo;
  • Mochila com suporte, assim o peso fica concentrado nas suas costas e não nos ombros. Fui com mochila normal pois não pensei que minha mochila estava pesada e meu mochilão era muito grande. Me arrependi. A dor foi tanta que no meio da viagem tive que fazer uma gambiarra e amarrar a canga aproximando as alças no peito para mudar o local onde o peso estava posicionado. Minha opinião é que valeria mais a pena ir com o mochilão meio vazio e ter o suporte necessário;

A travessia sai sempre no sentido Atins – Santo Amaro, por causa da direção do vento, direção do sol e formação das dunas. Felizmente, todos esses itens se alinham, essa direção é trimelhor – como diriam os gaúchos! haha

  1. O sol vai ficar nas suas costas;
  2. O vento não bate diretamente contra seu rosto; e
  3. A subida das dunas é mais tranquila (ver imagem abaixo) Com certeza é melhor ter uma descida íngreme do que uma subida.
direcao vento
Dunas Lençóis Maranhenses – direção do vento

O intuito desse texto foi dar um panorama geral de como funciona a travessia e para dar um contexto de por quê decidimos fazê-la – mesmo não estando em ótima forma física no momento. O próximo texto será focado em como foi a experiência. Para adiantar, vou dizer que super valeu a pena, recomendamos!

Espero que a congregação dessas informações te ajude a montar seu roteiro para esse paraíso e que você não precise gastar horas de pesquisa como eu tive que fazer. Ótima viagem para vocês! Lençóis é lindo demais!


 

Em Atins alugamos uma pousada pelo Booking. Se você ainda não conhece esse site de reserva de hospedagem, clique aqui e faça sua conta gratuitamente. Já viajamos por mais de 14 estados no Brasil e esse é o site com menor preço que encontramos.

 

 

11 Comments

  1. Olá!!
    Obrigada pelo relato!!
    Estimulante!!!
    Gostaria de saber se é possível fazer a travessia sem guia, seguindo a rota por GPS, acampando na beira das lagoas, sem pressa.. é permitido ou é necessário pegar alguma autorização?

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    1. Oi Denise,

      Em uma placa do governo que encontramos no início do parque dizia que só não podia fazer fogueiras e transitar com veículo motorizado. Claro, está inplícito que cada uma traga consigo todo o seu lixo.
      O que percebi pelas pessoas que foram sozinhas (nos relatos do wikiloc e do mochileiros.com) é que elas acabavam andando 2-3x mais por não saber as manhas do caminho. Algo que pode ser bem desgastante, além de outros perigos, como acabar a água.
      As águas das lagoas são doce, mas há muitos animais criados soltos no parque (cerca de 200 mil cabeças – pra vc ter uma ideia) e então mesmo levando produtos para purificar a água, o conselho é evitar de beber ela. O maior problema que acontece com o pessoal que faz esse trekking é intoxicação alimentar, que causa diarréria e fraqueza e então precisam ser resgatados.

      Você pode ir sem guia (mas não é recomendado) e não precisa de uma permissão (pelo menos não que eu saiba). Mas é importante que alguém fora do parque saiba a sua rota e possa monitorar se vc saiu do parque em segurança no tempo previsto – para poder ativar os bombeiros se necessário.
      Os guias nativos sabem quais dunas são altas o suficiente para pegar sinal de celular (operadora vivo). Mas se precisar, vc pode dar uma olhada na altitude que mostrar no wikiloc e tentar encontrar sinal.
      Se eu for novamente, com certeza vou querer acampar e curtir mais as lagoas que passamos.
      As dicas que eu te dou são as seguintes:
      – Na hora de caminhar vista tênis. Deixe para ficar descalço quando fizer uma parada e estiver curtindo o lugar, tirando fotos, etc;
      – Se ocorrer algum problema vá até os oásis e peça ajuda nos nativos, eles podem usar veículos motorizados para resgate e algumas casas tem repetidor de sinal e algum contato com o pessoal fora do parque;
      – Leve mochila própria para mochilão (apoio nas costas);
      – Hora de caminhar é para caminhar, sem paradas, foco. Nada de ficar tirando e colocando o tênis pra passar nas lagoas. Tudo acumula tempo e depois de o sol esquentar você não conseguirá caminhar;
      – Em cima das dunas sinta o vento e sempre caminhe na direção exata que ele sopra, ele serve como uma bússulo. Atrás ou embaixo das dunas o vento rodopeia e vc perde a bússula. Assim, pegue alguma vegetação ou ponto de referência na direção que você quer caminhar antes de descer a duna;
      – Tente desviar da rota o menos possível, mesmo que isso significa cruzar um lagoa ao invés de desviar dela (claro, atentando para a profundidade).

      Boa sorte!

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  2. Olá.
    Muito obrigado por compartilhar essas informações valiosas! Eu tenho uma viagem programada para novembro e quero muito conhecer os lençóis maranhenses. Portanto, eu estou estudando e capturando dicas como as suas.
    Tenho uma dúvida, para fazer a trip (travessia, dunas e lagoas) você destacou que precisa chegar em Atins e as instalações dos nativos são simples, talvez até dormir em redes, o custo para se hospedar é razoável? Se não estou engando este passeio tem que ser feito em 1 ou 2 dias.

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    1. Oi Allan,

      – Em Atins há boa estrutura de hospedagem e eletricidade. Você pode até alugar um local pelo Booking;

      – O local onde a estrutura é precária, não há eletricidade e você precisa dormir em redes é nos oásis. São as comunidades dentro do parque, beeeem dentro, você tem que andar uns 10km pelas dunas para chegar lá. Eles cobram 35 reais por noite;

      – Você não precisa fazer a travessia a pé para conhecer as dunas e lagoas. Há passeios saindo de barreirinhas para as lagoas mais famosas e eles são bate-volta. Ou seja, você sai de Barreirinha de 4×4 e vai até próximo da lagoa (caminha 15 minutos para subir a duna e chegar na lagoa), fica algumas horas curtindo a lagoa e volta para Barreirinha (é um passeio de meio período). Se você tem pouco tempo talvez esse passeio seja o mais indicado.

      Abraços

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  3. Olá! Adorei seu relato de viagem. Eu e meu marido estamos cogitando a hipótese de fazer a travessia curta, como a que você fez, por favor, me ajude com algumas informações. COndições fisícas… Não somos sendentários, mas tbm não somos atletas… Qual o grau de dificuldade? Pressão abaixa muito devido ao calor? Dormir no redário tem muito mosquito? aranhas? etc. TIvemos uma experiência não muito agradável no Jalapão e não gostariamos de repetir (dormimos num te/rrário… aranha e cobra em tudo) Também temos só 3 dias pq vamos fazer a rota das emoções.. chegamos dia 28/08 e embarcamos dia 04/09 em Fortaleza. Agradeço por suas informações e desculpe pelo textão.. hehe

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    1. Olá Bete!

      Tive que rir com sua mensagem, pois por coincidência vai de encontro ao meu perfil. Então acho que vou conseguir dar uma resposta bem próxima do que você busca.

      1) Condições físicas: eu trabalho remoto, 8h por dia na frente do computador. Somos nômades digitais, em alguns lugares consigo me inscrever numa academia e ir 2-3x por semana. Outros lugares eu apenas vou caminhar umas 3x na semana. O que salva é o final de semana, gostamos de trilhas e natureza e vamos nos movimentar. Então não sou atleta e nem sedentária, assim como você se descreveu. E consegui fazer esse trekking sem grandes problemas, foi mais fácil do que eu imaginei que seria – fisicamente. Psicologicamente foi mais difícil, mas isso é outro assunto haha
      2) Calor: eu tenho problema de minha pressão baixar no calor – as vezes meu nariz sangra ou chego até a desmaiar. Então essa era uma preocupação minha também. O que eu fiz para prevenir problemas foi: tampar a maior parte do corpo possível: camiseta de manga comprida e calça, óculos de sol e boné. Isso ajudou muito a não super aquecer. Água a cada 5 min um gole água (gatorade é melhor ainda! Não tem pra comprar lá, tem que levar de São Luis, Jeri ou Fortaleza). Cara, esse negócio da água eu aprendi no final do primeiro dia, depois de já estar alucinando por desidratação. É sério, toma mais água do que você acha que precisa, fica tomando mesmo sem sentir sede. Eu também aproveitava molhar a nuca e os pulsos quando a gente passava por dentro das lagoas. E correu tudo bem. Não foi dizer que foi fácil, mas foi mais fácil do que eu estava antecipando
      3) Redário: não há mosquitos ou aranhas. Cobras você pode encontrar dentro das lagoas (principalmente a noite), mas eu simplesmente não entrei mais nas lagoas depois do sol de pôr.

      Leve remédio para dor muscular (relaxante muscular) apenas por precaução. A meia de alta compressão na panturrilha me ajudou, gostei bastante. Deu umas bolhas entre os dedos, você pode envolver Nexcare nos pontos mais sensíveis (dedão e dedo mindinho) – isso foi algo que aprendi depois em outro trekking. Lençóis Maranhenses foi o primeiro trekking de maior distância que fiz. Mas depois dele não parei mais haha

      Mas o psicológico… bah, esse é o maior inimigo, mais do que o físico. Uma coisa que me ajudou foi que levei uma playlist baixada no celular e fone de ouvido. Quando começou a rolar uma bad coloquei ali minhas músicas favoritas e levantou o astral!

      Com certeza será uma experiência de crescimento pra vocês, super recomendo!

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  6. Boa noite. Tenho 47 anos e sou canela de cachorro kkkkkkkkkkkk. Porém ultimamente tenho sentido dores de coluna tenho medo dessa travessia ser um pouco puxada, pelo motivo da areia ser mais pesada, e minha coluna não aguentar, afinal andar 10 Km é muito, de baixo de sol e vento, parece ser mais ainda. Você acha tranquila a travessia? O guia para muito? para descançar a coluna?

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    1. Oi Fabrício, então, se vc quer fazer mais paradas conforme precisar, vale a pena pegar um guia privado. Pois num grupo maior eles podem reclamar. Ou, outra opção é fazer a travessia em mais dias tem opções de 3, 4 e 5 dias. Dai andas menos por dia. Com a areia vc não precisa se preocupar no sentido de ser pesada. Não é areia fofa. Tem tanto vento que forma uma crosta, fica durinho pra andar. A parte fofa é só a decida da duna, mas dai não afeta por ser decida. Leva um remédio pra dor e dale! Um passeio desse na natureza mais trazer mais benefícios que problemas. Abraços

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